terça-feira, 28 de junho de 2016

Pedindo ajuda

Um dia ela me viu chorando e me mandou mensagem no face perguntando se eu estava bem. Eu não estava, mas me aqueceu saber que ela se importava. Hoje ela escreveu sobre os dias dela e era tão eu ali que resolvi tentar isso também. Escrever pra exorcizar.
Passei o dia chorando. Tenho feito muito isso. De vez em quando. E algo me impede de mandar mensagem pedindo colo as pessoas que me amam. E eu sei que elas existem. Por mais que tudo que eu queira pedir seja socorro nessas de mensagens escritas e editadas eu me finjo bem e forte. Enquanto choro na cama e sinto uma dor que se transforma em mal estar físico e me impede de tudo. Depois eu durmo mal, acordo com os olhos inchados mas começo outro dia e finjo sorrisos e felicidades passageiras, que ate chegam a ser reais. Passo dias de tranqüilidade e alegria pra depois tudo desaguar de novo. Choro. Hospitais. Ânsia. E a certeza de estar destruindo tudo aquilo que construí. Uma montanha russa tão previsível que no meio da dança e do beijo na boca, agarrada no colo dele ou dela eu quero chorar porque sei que irei amanhecer tristeza e pânico. E tudo volta e tudo recomeça. Me sinto presa num pântano, atolada, e quanto mais força eu faço pra sair mais me afundo e não consigo me agarrar a nada. Só afundo. E é longo esse afogamento.
Acho que finalmente consegui escrever pedindo ajuda.

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