domingo, 10 de janeiro de 2016

sábado, 9 de janeiro de 2016

Noite inteira

Minhas pernas tremem
As pontas dos dedos formigam
E eu caibo inteira no seu sorriso
Te mordo e te mastigo
Pra ter de ti todos os gostos
Ocupando a boca em um beijo
Pra não declarar besteiras
Decorando seus traços sob a luz clara
Te sussurrando "obrigada"
Pela entrega inteira
Do meu corpo, meu desejo
Meus gritos e gemidos
Seu nome, meu nome ao pé do ouvido

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Sobre vomitar coelhinhos e Dafne

Era só dor de garganta e eu sabia disso, com a racionalidade de antes eu sabia que era só dor de garganta. Que esse arranhar era só catarro e inflamação das chuvas que tinha tomado no mês de dezembro pra acabar o ano, o namoro, as esperanças de novo romance, as expectativas dela doente. Racionalidade: apenas catarro e inflamação, dor de garganta. Mas depois de Cortázar eu tinha a certeza irracional que era um coelhinho, que eu não sabia vomitar, que me coçava a garganta.


Quis ligar para Dafne e dizer: "tenho um coelhinho preso na garganta". Ela entenderia...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016