sábado, 7 de fevereiro de 2015

A casa vazia. Vazia.



            A casa vazia. Mas escuto a minha cachorra tomando água e meus pais se mexem na cama. A madeira estala. Inspira e respira. O som da respiração pesada vem da cama ao lado e é da minha irmã. A casa está vazia. Escuto cada gota caindo na cama. O choro é livre porque a casa está vazia. Nenhum deles irá me mandar mensagem que diga que eles estão vivos e que ainda gostam de mim. Vazia. Sinto falta de alguém que me mande pra cama na hora certa. Simulo um diálogo e me deito sozinha. O relógio apita. Já é tarde demais. A casa vazia. Vazia.

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