domingo, 26 de abril de 2015

Carolina

Carolina, hoje você invadiu o trem em que eu estava. Eu tinha os olhos vidrados de tristeza e olhava meu reflexo com medo de te ver. Mais cedo Luiz tinha me dito que o mundo estava desmoronando - não era minha sensibilidade aflorada. Era você, Carolina, você e seus meninos me dizendo que não tinha comida para dar para a menina mais nova, que estava com você e que seu filho maior tinha ficado no seu barraco. Era você que me fazia me envergonhar da minha tristeza egoísta e mesquinha.

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