sexta-feira, 13 de março de 2015

O passado e a fumaça do cigarro


            Juntos sorrimos, para quando voltarmos para casa cuspirmos que não temos vontade de viver.

            Cada um em uma casa, em um canto, em um quarto. Eu poderia escrever: “Cada um em sua casa, em seu canto, em seu quarto.” Mas nenhum de nós tem lugar nesse mundo, somos todos despatriados, sem lar...
             O tempo anda diferente e parece que foi há muito tempo, mas essa época está tão perto. A fumaça do cigarro dele me acertava a cara e meu silêncio era palpável; ele reclamava de meu silêncio, que por tímido se confunde em apatia. Ele falava e a fumaça do cigarro fazia espirais no ar.


 
 

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